Esmaltes Cerâmicos, uma abordagem molecular – Parte 1

Os esmaltes cerâmicos são muito mais que belos revestimentos, a jornada para entender a estrutura molecular dos esmaltes nos leva a conhecimentos surpreendentes sobre esses materiais.

A abordagem molecular é como olhamos de perto para as partes menores da matéria, é como usar uma lente poderosa para observar as partes microscopias da matéria chamadas átomos! É trazer a atenção para as peças menores e entender como elas se juntam e fazem algo maior funcionar. Basicamente, é olhar para algo muito pequeno, em níveis inimagináveis. Os esmaltes e tudo mais que nos rodeiam são feitos de átomos. Os átomos são as unidades fundamentais da matéria. Pense nos átomos como peças de Lego que, quando se unem, formam moléculas, das quais o universo cria tudo o que vemos ao nosso redor. Cada átomo é a menor partícula de um elemento da qual mantém a propriedade desse elemento.

Atomo

A estrutura dos átomos possue um núcleo central composto por prótons, nêutrons e elétrons orbitando ao redor em diferentes níveis de energia. Pense como exemplo o sistema solar, onde os prótons e nêutrons são como o Sol e os elétrons orbitam ao redor, como planetas em diferentes níveis de energia ou “camadas”.

Todos os elementos químicos conhecidos que compõem a tabela periódica são formados pela mesma “energia”, ou seja: são farinha do mesmo saco! O que os torna únicos, são o número de prótons em seus átomos. Esse número de prótons, também chamado de número atômico, é o que determina a identidade de cada elemento. Em resumo, é como se todos compartilhassem da mesma essência, mas o número de prótons é o que os torna diferentes. Esse aumento do número atômico é formado no meio interestelar, no ciclo evolutivo das estrelas. As estrelas são as mães dos elementos químicos! estes são originados em seu interior por meio de fusão nuclear de elementos mais leves para mais pesados. Alguns “nascem” no interior das estrelas, outros mais pesados, quando estas envelhecem e explodem, em um evento chamado de supernova. Outros ainda no meio interestelar, formando sucessivamente toda a tabela periódica que possuímos no momento.

A sequência da nucleossíntese estelar inicia a partir do Hidrogênio e Hélio e através do aumento do número de prótons vão se tornando elementos mais pesados, são eles: Lítio, Berílio, Boro, Carbono, Neônio, Sódio, Magnésio, Alumínio, Silício, Fósforo, Enxofre, Cloro, Argônio, Potássio.

Tudo se inicia com a nucleossíntese primordial, no Big Bang, onde Hidrogênio se une para formar Hélio. Em estrelas mais massivas, cerca de 40 vezes o tamanho do Sol, a fusão termonuclear continua, produzindo elementos mais pesados como o Carbono, Neônio, Sódio, Magnésio, Alumínio e assim por diante, até chegar no elemento Ferro, e por ser endotérmico, interfere no equilíbrio interno das estrelas, entre as forças de gravidade e fusão, gerando um colapso que resulta em uma explosão em uma supernova. Os elementos formados são liberados no espaço, ficando como uma nuvem, também chamados de nebulosas, que são como berçários para a formação novas estrelas.

Elemento químico: É um conjunto de átomos com o mesmo número atômico ou seja, mesmo numero de prótons.  

Elétron: Pequena partícula carregada negativamente dentro do átomo.

Nêutron: Partícula no núcleo do átomo que não tem carga.

Próton: Partícula com carga positiva no núcleo do átomo.

Orbitais: São regiões do espaço ao redor do núcleo de um átomo onde a probabilidade de encontrar um elétron é maior.

lon: Um átomo ou molécula que perdeu ou ganhou um elétron.

Ligação iônica: Quando os átomos se ligam transferindo elétrons de um para o outro.

Molécula: Dois ou mais átomos

Óxido: Um elemento ligado ao oxigênio.

Ligação covalente: quando os átomos se unem compartilhando elétrons.

Material faz parte do Curso Extensivo de Formulação dos Esmaltes Cerâmicos.

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