O que os esmaltes cerâmicos têm a ver com átomos e ligações?
Tudo o que existe no mundo — inclusive os esmaltes que usamos na cerâmica — é feito de matéria. E a matéria, por menor que seja, é formada por átomos.
Mas os átomos raramente estão sozinhos. Eles têm uma tendência natural a se unir a outros átomos, formando combinações mais estáveis. Essa união pode dar origem a moléculas, cristais, vidros e muitos outros tipos de estruturas.
A maneira como os átomos se ligam uns aos outros é chamada de ligação química. É como se houvesse “forças invisíveis” conectando os átomos e mantendo tudo junto. Essas forças são diferentes dependendo dos tipos de átomos envolvidos e influenciam diretamente nas propriedades do material que é formado.
Ligações químicas: o que são e por que importam?
As ligações químicas são como os “laços” que mantêm os átomos unidos entre si. Elas surgem por causa do comportamento dos elétrons, que são as partículas de carga negativa que giram em torno do núcleo de cada átomo.
Os elétrons mais externos — chamados de elétrons de valência — são os que participam dessas ligações. É como se os átomos “negociassem” esses elétrons entre si para se manterem juntos. Essa negociação pode acontecer de diferentes formas, criando diferentes tipos de ligação.
E como isso se relaciona com os esmaltes cerâmicos?
Quando um esmalte é aquecido durante a queima, seus ingredientes derretem e os átomos se reorganizam. Novas ligações se formam entre eles, criando uma estrutura nova — muitas vezes vítrea, às vezes cristalina.
A forma como esses átomos se ligam define propriedades fundamentais do esmalte: se ele será mais duro, se fundirá mais cedo, se terá brilho ou cor, se resistirá ao calor, entre outros.
